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Hel: a deusa do submundo e dos mortos

Foto: Reprodução Youtube
Publicado por: Vitória Certa em:

Uma deusa dividida entre a vida e a morte, governando o destino dos que não morrem em glória

Hel é uma figura central na mitologia nórdica, sendo a deusa que governa o submundo, conhecido como Helheim (ou apenas Hel). Esse reino é onde vão os mortos que não morreram em combate glorioso – ou seja, aqueles que morreram de velhice, doença ou causas naturais. Hel é uma das três crianças do deus Loki com a giganta Angrboda, sendo irmã de Fenrir, o lobo gigante, e da serpente Jörmungandr.

Representação de Hel

Hel é frequentemente descrita como uma figura assustadora e ambígua. Em muitas tradições, ela é retratada com um corpo dividido em duas partes: metade vivo e belo, e metade cadavérico ou apodrecido, simbolizando seu domínio sobre a vida e a morte. Essa aparência reflete sua natureza dual e sua ligação com o equilíbrio entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

O reino de Helheim

Hel governa Helheim, um dos nove mundos da cosmologia nórdica. Esse reino está localizado em Niflheim, uma região fria e sombria. O Helheim é cercado por um rio chamado Gjöll e protegido pelo cão Garmr. Apesar de sua imagem associada à morte, Hel não é uma figura maligna, mas uma administradora imparcial do destino daqueles que chegam ao seu domínio.

Papel na mitologia

Hel aparece em diversas histórias da mitologia nórdica. Um exemplo importante é seu papel no destino de Balder, o deus da luz e da pureza. Quando Balder é morto, os deuses tentam resgatá-lo de Helheim, mas Hel impõe uma condição: todos os seres vivos devem lamentar sua morte. Embora quase todos o façam, Loki, disfarçado, se recusa, e Balder permanece no submundo.

Simbolismo

Hel representa não apenas a morte, mas também a aceitação do inevitável e do ciclo da vida. Ela é uma figura que traz equilíbrio, governando os mortos com justiça. Em algumas interpretações, ela também simboliza o medo e o respeito que os nórdicos antigos tinham pela morte, além de reforçar a importância da honra e do heroísmo em vida.

Influências posteriores

A figura de Hel influenciou a visão cristã do inferno durante o processo de cristianização dos povos nórdicos. O nome “Hell” em inglês, por exemplo, deriva diretamente de Hel. No entanto, ao contrário da concepção cristã de inferno como um lugar de punição eterna, Helheim é mais um local de descanso e continuidade.

Conclusão

Hel é uma figura fascinante e complexa na mitologia nórdica, representando o equilíbrio entre a vida e a morte. Como governante de Helheim, ela não é uma entidade maligna, mas sim uma administradora imparcial do destino daqueles que não morreram em combate. Sua imagem de dualidade, com metade do corpo vivo e metade morto, simboliza a transição inevitável entre os dois estados, refletindo a visão nórdica do ciclo natural da existência.

Por fim, a deusa do submundo: Hel, também demonstra como as culturas antigas lidavam com temas universais como a morte, a justiça e a memória dos mortos. Sua influência é perceptível até hoje, seja na linguagem, na cultura popular ou nas reflexões sobre a mortalidade. Ela nos lembra da necessidade de encarar a morte não como um fim, mas como uma parte inevitável e equilibrada do ciclo da vida.


Uma jornada espiritual em busca de felicidade e prosperidade

A espiritualidade, por vezes, é vista como um caminho íntimo, uma busca por significado que transcende os limites da existência cotidiana.

No entanto, à medida que mergulhamos nesse oceano de compreensão, descobrimos que as águas espirituais alimentam não apenas a alma. Ela também têm o poder de moldar a realidade material, influenciando aspectos como sucesso, prosperidade, fortuna, sorte e riqueza.

A espiritualidade em diferentes religiões

Diferentes religiões e filosofias do mundo oferecem uma variedade de perspectivas sobre como a espiritualidade se entrelaça com as bênçãos terrenas proporcionando a chance da vitória.

O hinduísmo, por exemplo, tem o conceito de Dharma, que não apenas orienta a conduta moral, mas também sugere que viver de acordo com seu propósito divino pode abrir portas para o sucesso e a prosperidade.

Da mesma forma, o Budismo destaca a importância da compaixão e da não apegação. Ensinando que libertar-se das amarras materiais é fundamental para alcançar uma verdadeira riqueza espiritual.

No Cristianismo, encontramos passagens que abordam diretamente a relação entre a espiritualidade e a prosperidade.

Muitas vezes, citações bíblicas falam sobre a confiança em Deus como um meio de alcançar a abundância.

Contudo, é crucial interpretar tais ensinamentos com sabedoria, evitando uma compreensão superficial que reduza a espiritualidade a um atalho para a riqueza material.

Já no Islamismo, a generosidade é destacada como um meio de alcançar a bênção divina. A caridade (zakat) fortalece a comunidade, atrai prosperidade e boa sorte.

Aqui, a conexão entre o ato espiritual e os benefícios tangíveis na vida cotidiana é clara.

Ao explorarmos as filosofias orientais, como o Taoismo, encontramos a ideia do fluxo natural das coisas (Tao). A harmonia com esse fluxo é o caminho para o sucesso e a prosperidade.

Em contraste, o Confucionismo destaca a importância da ordem social e da ética na busca por uma vida próspera e feliz.

É interessante notar que, em muitas tradições, a sorte é frequentemente associada a virtudes espirituais.

A prática da gratidão, por exemplo, é comum em diversas filosofias, incluindo o estoicismo.

Cultivar uma mentalidade de gratidão eleva o espírito, atrai mais bênçãos e oportunidades.

No entanto, é vital abordar essas conexões com uma mente aberta. Evite interpretações simplistas que promovam uma visão de espiritualidade como uma troca direta de virtudes por sucesso.

A espiritualidade não é um contrato comercial, mas sim um convite para uma transformação profunda, que pode, por sua vez, manifestar mudanças em diferentes aspectos da vida.

Em última análise, o entendimento da relação entre espiritualidade e prosperidade é uma busca pessoal.

Cada tradição, cada filosofia, oferece uma peça única do quebra-cabeça.

O verdadeiro desafio é integrar essas peças em uma visão holística que ressoe com nossa própria jornada espiritual.

À medida que celebramos este momento incrível de vitórias, renovamos nosso compromisso em explorar, questionar e aprender. Sabendo que a verdadeira prosperidade vai além dos limites materiais, encontrando suas raízes nas profundezas da alma.

Que a jornada espiritual continue a nos guiar, não apenas em direção à riqueza interior, mas também em direção a um florescer que se estende para todos os aspectos da vida.

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